quinta-feira, 14 de abril de 2011

UM RETRATO DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XIX

A educação no Brasil sempre esteve e está em discussão e quando chega o período das eleições é que as discussões se tornam mais contundentes, onde muitas vezes os debatedores quase partem para os empurrões!
Mas a questão educacional no Brasil não é discussão de hoje. Desde o Império os professores cobravam uma melhor assistência do poder público no que diz respeito às melhorias dos espaços destinados ao ensino, bem como aumento nos salários.
Muitas cartas e ofícios foram enviadas aos responsáveis pela administração do sistema de ensino ao longo de todo o século XIX, e as reclamações eram as mais diversas como espaços insuficientes para acomodação dos alunos, a falta de higiene e por tabela a insalubridade (chegavam a tratar o ambiente como verdadeiras pocilgas) e a escassez de material didático e mobiliário.
Naquele período, era comum as escolas funcionarem na casa do professor onde eram chamadas de “Casa de Escolas”. Lá os professores ensinavam e moravam e o Império lhe pagava por isso, tanto o aluguel do imóvel quanto o seu salário.
Em um desses ofícios, enviado em 15 de maio de 1872, o professor José Joaquim Pereira de Azurara faz uma reclamação sobre a lástima em que se encontra a escola que ensinava, diz não ter móveis, cadeiras, armários, o retrato do Imperador bem como todo o material necessário para o expediente.
Muitas vezes devido às dificuldades, os professores compravam o material necessário com o seu próprio dinheiro. A escassez de recursos era terrível, a escola dos sonhos sempre esteve bem longe do almejado, levando-nos a perceber o total desinteresse do império (governo) para por fim, ou até mesmo amenizar a situação reclamada.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional, 01/08/2007

Um comentário:

Carlos Torres disse...

Quando venho aqui me enriqueço! Quer dizer que isso vem de longe...
Ho! Meu BRASIL querido vive sempre em berço esplêndido!!!!!!!

Obrigado meu Irmão.
Paz!